quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Escrita Criativa 2

Escrita

Assim como a criatividade, a habilidade de escrever é algo que pode ser treinado até atingir níveis incríveis. Para isso, temos de dominar bem os fundamentos da escrita. No nosso caso, como estamos tratando prioritariamente de textos de ficção, esses fundamentos são os elementos essenciais de uma história, ou seja, aquilo que torna possível o ato de criar uma história.


Criatividade, Ferramentas, Foco e Referência

O curso "Escrita Criativa" tem algumas propostas inovadoras. A primeira delas foi vista de forma indireta, que é o desenvolvimento específico da criatividade. Ao contrário dos cursos tradicionais, em que a criatividade é vista como algo que cabe ao autor desenvolver, sem que haja nenhum recurso para isso, nós iremos realizar uma série de atividades que estimulam a criatividade.

Outra proposta particular deste curso é o conceito de ferramenta. Com elas o autor entende melhor a construção do texto, terá mais facilidade ao analisar um texto e aprimorar sua escrita. Ao invés de mera teoria, a ferramenta permite, de uma maneira prática, que o autor consiga expressar suas ideias, produzindo um texto cada vez mais próximo do ideal.

A ferramenta se divide em diferentes categorias. As ferramentas narrativas se referem à construção do texto, à forma como se escreve. As ferramentas de criação se referem, como o nome indica, à construção dos elementos essenciais da história (personagem, ação e ambientação). Cada elemento estudado terá uma série de ferramentas, que ajudarão o autor no processo de construção do seu texto. Além da vantagem didática, as ferramentas conferem total liberdade ao autor, pois ele poderá usar aquelas que julgar mais apropriadas, da maneira que lhe for conveniente. Com isso, evitamos algo muito comum em cursos de técnicas de escrita: que o palestrante influencie os participantes com o seus próprios gostos.

Uma terceira proposta inovadora deste curso se chama foco. Assim como a ferramenta, o foco se encaixa em várias categorias. De uma forma simplificada, o foco é uma característica ou aspecto que você, autor, quer enfatizar. Por exemplo, na descrição física de um personagem o seu foco pode ser uma cicatriz; na descrição psicológica, o foco pode ser um trauma. Na elaboração do enredo, o foco será o centro sobre o qual a ação se desenvolve. (No livro “Crime e Castigo”, do escritor russo Fiodor Dostoievski, o foco central do enredo é um assassinato).

Por fim, a referência é a base da qual surgirá o estilo do autor e do livro. De uma forma simples, a referência é aquilo que norteia o autor na construção do seu livro. “Retrato de Dorian Gray”, de Oscar Wilde, tem uma clara referência estética bem peculiar. Já “Nem os Mais Ferozes”, de Edward Bunker, tem como referência a ação. Um livro da coleção “Sabrina” terá ainda outra referência, mais romântica.

Nada melhor que a prática para entender (e fazer uso) dos conceitos. Os termos vistos aqui são explicados em detalhes no curso.

Um comentário:

  1. Oi João!
    Gostei muito do seu blog! Estava procurando algo exatamente assim. Recentemente me surgiu uma vontade tremenda de escrever. Já fiz algumas tentativas e estou a desenvolvê-las, vamos ver no que dá.
    Abraços!

    http://apenas-uma-menina.blogspot.com

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