quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Escrita Criativa 5

ESCREVENDO CRIATIVAMENTE


Segundo o psicanalista Jaques Lacan, a escrita é ela mesma um ato de criação. Entre a ponta da caneta e a nossa razão existe um lapso pelo qual um conhecimento impalpável escapa. Isso talvez seja o equivalente moderno das musas da inspiração. A própria psicanálise pode ser vista como uma ciência que, apesar de não usar a escrita diretamente como forma terapêutica, penetra, através da fala, nas partes da mente inacessíveis à razão. O paciente de hoje revive, sobre diferentes condições e objetivos, o ofício dos contadores de história.

Nesse sentido, para escritores profissionais ou não, escrever pode ser uma forma de estabelecer contato com camadas da mente com as quais não nos comunicamos diretamente através da razão. Tão importante quanto à leitura, que nos leva aos mais diferentes universos, a escrita nos ajuda a entender melhor o nosso universo pessoal.


A MAIOR CONQUISTA HUMANA

Quando nos perguntamos qual foi a maior invenção da humanidade, talvez a primeira imagem que nos venha à mente seja a da roda. Em seguida, olhamos para o mundo atual sem saber como escolher uma única descoberta dentre as tantas que surgiram no último século. O que mais surpreende, no entanto, é que poucos pensem que provavelmente a maior invenção do ser humano foi a escrita. Isso porque a escrita parece parte integral do ser humano, a própria ideia de uma sociedade moderna sem escrita soa absurda.

Na verdade, civilizações extremamente avançadas, como a Inca, não tinham sistema de escrita. Em toda a vasta extensão do Brasil, não foi encontrado registro de escrita em nenhuma das tribos que habitavam a região. E se pensarmos em termos cronológicos, a escrita acompanhou o ser humano em apenas 4% da sua história (o homem moderno surgiu há 125 mil anos atrás, a escrita só apareceu há cerca de 5.000).

Outro fato curioso é que a escrita surgiu como um sistema de numérico. Acredita-se que tudo começou quando os oficiais dos templos da Suméria usaram pedaços de argila para fazer sinais que representavam o número de gado e bens dos templos. Aos poucos, imagens começaram a ser usadas para representar outros objetos e palavras, e foram surgindo relações entre essas imagens. Assim, o símbolo de uma casa poderia ser associado ao do homem para indicar o conceito de “família”. Veja que interessante. Duas imagens representando coisas físicas produzem um conceito abstrato, a família. Apesar da família ser um grupo de pessoas, não é um grupo qualquer. Para ser uma família, essas pessoas têm que estar ligadas de acordo com determinadas convenções da sociedade. O que faz disso um conceito, e não um objeto como uma casa ou uma porta. Essa é a principal característica da escrita, a capacidade de expressar simbolicamente conceitos abstratos.

Quase paralelamente aos sumérios, os egípcios desenvolverem o seu sistema de escrita. Ainda que mais gráfico, a idéia e desenvolvimento foi bem similar. A grande inovação foi o uso de papiros ao invés de peças de argila, que permitiram uma maior precisão e complexidade dos sinais.

Posteriormente, os habitantes de uma parte de atual Índia também desenvolveram o seu próprio sistema, assim como os chineses. Totalmente isolados dessas civilizações, os povos originais das Américas, como os Olmeques, Zapotecas e Maias, criaram também a sua escrita, tornando-a uma das invenções mais universais da humanidade.



Escrita Criativa 4

A literatura permite algo único. Viver outro corpo, outra mente, sentir lugares, tocar objetos, ter relações que nunca tivemos. Nos permite mergulhar na mente de um fanático, nos bocejos de um promotor corrupto ou destroçar um cadáver à procura de um fio de ouro que caiu na última refeição do defunto. Podemos pensar tal como seres inexistentes que habitam lugares irreais e falam línguas que deveriam ser bizarras mas que, por mais que nos esforcemos, ainda soam tão humanas.

Hoje os céus têm limites, as chuvas podem ser previstas, mistérios são desmanchados, a natureza dominada, mas a nossa mente permanece, desde o começo do ser humano, com o inabalável poder de ir sempre além. A literatura, que é uma expressão tão intimista, que nega o contato direto com o público, nos permite explorar os nossos limites pessoais sabendo que ainda estamos longe das suas fronteiras ao entrarmos no íntimo de seres imaginários que poderiam ser reais. Os limites da literatura, na verdade, são os limites do autor e do leitor, da nossa pobreza, da miséria do mundo.

Pessoas movidas por intensa religiosidade sempre me fascinaram, em especial aqueles desconhecidos que ao invés de serem chamados profetas são apenas loucos. Fiquei imaginando como seria entrar na mente de uma delas. Comecei aos poucos. Esse messias que se formava em minha cabeça havia sofrido um trauma; uma operação no cérebro contra sua vontade (lobotomia, implante de eletrodos, operação contra epilepsia... isso deixei para o leitor imaginar):

Natanael ainda se lembrava da operação. A luz forte contra os seus olhos, a agulha da anestesia atravessando a pele, a sonolência, agonia, e, sobretudo, incompreensão.

Não sabia por que estava lá, por que foi tirado da clínica de tratamento, quem eram aquelas pessoas e o que faziam. A última lembrança antes da operação foi de entrar na clínica. Colocaram-no em um quarto, estava cansado, queria dormir apesar de ser dia. Ao lado da cama, dois médicos o esperavam. Deveria ter achado estranho, mas não, provavelmente tinha sido drogado, só queria dormir. Os médicos o levaram até a cama, os sons das vozes deles estavam embaralhados, sem sentido. Ouvia as palavras mas não entendia o significado. Eles o acomodaram na cama, podia jurar que sentiu um deles colocando a mão sobre o seu ombro de maneira fraternal. Então, sentiu como se estivesse revivendo a sua infância, as noites em que a mãe, quando estava sóbria, lhe contava estórias.

Em seguida, flashes. Ainda estava deitado, mas sendo empurrado na maca através do corredor. As luzes eram fortes e tudo era branco. Vozes vinham de todos os lados, barulhos de máquinas, bips, mas nenhuma palavra era dirigida a ele.

Agulhas eram injetadas em suas veias, sentia vontade de vomitar, mas os músculos comprimiam sua garganta. Mais uma injeção e veio a escuridão. A anestesia paralisou todos os sentidos, mas por pouco tempo. Quando estava no meio da operação, abriu os olhos. Pelo reflexo no metal dos aparelhos, viu uma abertura no seu crânio, viu parte da massa encefálica.

‘O paciente acordou!’ Disse a enfermeira.

‘Aplique mais anestesia! Falei para manter controle dos...’

Tentou falar, mover-se, mas se sentia em um sonho. A anestesia voltou a fazer efeito, mas apenas parcialmente. Enquanto tinha os olhos fechados, ouvia o som metálico dos instrumentos da operação raspando contra o seu crânio, a respiração dos médicos, o próprio coração batendo devagar. Queria chorar, implorar que parassem, fazer os sons sumirem, mas estava preso em seu próprio corpo. Era como ser enterrado vivo. A única diferença era que não podia nem mesmo gritar.

Depois da agonia, veio a luz. Paz! Esta era a única palavra capaz de explicar o que sentia. Tudo parecia perfeito. Aquele foi o momento em que sua vida mudou por completo. Natanael morreu, Messias nasceu. Um novo ser no mesmo corpo.

Desenvolvo mais esta estória no meu livro Conexões. O fascínio pela possibilidade de entrar nas mentes mais estranhas só aumenta. Imagino que muitos sintam o mesmo, e por que não tentar? Escrever e imaginar são atividades que certamente só vão enriquecer a sua vida, em especial em um daqueles momentos entediantes esperando o ônibus, metro, uma outra pessoal, ou quando estamos presos no engarrafamento ou simplesmente quando a vida parece tão monótona. Outro tema que me fascina é entrar na mente de um guerrilheiro. Como ele vê a floresta/deserto/cidade ao seu redor? O que o motiva a se sacrificar, a suportar a chuva, sol, dias sem comida e esquecer completamente os mais simples confortos? Qual vontade o move, que como essa vontade se torna tão forte?

À FRENTE DO MUNDO

Erza Pound dizia que os poetas são “as antenas da sociedade”. Ou seja, são aqueles que primeiro captam as mudanças, que, assim como os insetos, prevêem uma tempestade ou seca antes que os céus apresentem os seus indícios. E por que não dizer que os escritores de uma forma geral são as antenas da sociedade? Ou ainda, por que não dizer que o ato de escrever (seja feito por um profissional ou não) é uma criação que vai além da simples expressão do pensamento?

Qualquer um que já pegou uma caneta e desafiou o papel, ou enfrentou a tela fria e os teclados duros de um computador, deve ter percebido que o ato de escrever não é uma reprodução exata do pensamento. Algumas vezes escrever é uma vergonhosa incapacidade de expressar o que queremos, mas por outras nos leva a criar algo que mal sabíamos existir dentro de nós.

O filósofo grego Sócrates ficou famoso pela frase “Só sei que nada sei”. Para chegar a essa conclusão, ele indagou vários sábios do seu tempo, entre eles um poeta cuja obra continha versos profundos e complexos. Ansioso por encontrar a fonte do conhecimento, Sócrates perguntou o significado de alguns versos. O poeta, um tanto constrangido, respondeu que não sabia explicar o que ele próprio havia escrito, aquilo surgira de uma forma espontânea, no próprio ato da criação.

As obras de Shakespeare são tão ricas que até hoje muitos pesquisadores tentam negar que ele foi filho de um comerciante numa vila provinciana da Inglaterra. Para pessoas céticas assim, seria impossível explicar que alguns dos maiores poetas brasileiros (como Patativa do Assaré e Cego Aderaldo) eram semi-analfabetos. A poesia deles era parte da vida, retinha toda a riqueza da língua falada e suas variantes. O conhecimento deles, assim como o do poeta de grego, não vinha de uma educação formal, mas das suas experiências, sensações e memórias, e eram trazidas à tona pela escrita (ou recitação).

Escrita Criativa 3

3 Elementos essências do texto de ficção

1. Personagem

Quando dizemos que um personagem é um elemento de uma história isso quer dizer que ele pode ser identificado nela. Ele é uma peça dentro da história. Nesse caso, uma peça essencial, pois não existem histórias sem personagens. Ele pode ser um TV (como no livro 54, de Wu Ming), uma cigarra (La Fountaine), ... mas ele é inevitável, pois sem ele (e os demais elementos essências) o próprio ato de criar uma história fica comprometido.

Nem mesmo as inovações advindas com o modernismos e vanguardas posteriores (que tinham o objetivo explícito de descontruir o texto e seus valores) logrou eliminar os elementos essências da ficção.

É possível escrever um livro de aforismas, pensamentos, ou uma crônica, um texto acadêmico ou de outro tipo sem que haja personagens, mas não é possível escrever uma ficção sem o personagem.


EXPLORE SUA CRIATIVIDADE, SE TORNE UM ESCRITOR OU ESCRITORA, MOSTRE AO MUNDO O SEU POTENCIAL COM AJUDA DO CURSO ESCRITA CRIATIVA (CONTATO: conexoesbr@yahoo.com.br), ON-LINE OU NA SUA CIDADE.

Escrita Criativa 2

Escrita

Assim como a criatividade, a habilidade de escrever é algo que pode ser treinado até atingir níveis incríveis. Para isso, temos de dominar bem os fundamentos da escrita. No nosso caso, como estamos tratando prioritariamente de textos de ficção, esses fundamentos são os elementos essenciais de uma história, ou seja, aquilo que torna possível o ato de criar uma história.


Criatividade, Ferramentas, Foco e Referência

O curso "Escrita Criativa" tem algumas propostas inovadoras. A primeira delas foi vista de forma indireta, que é o desenvolvimento específico da criatividade. Ao contrário dos cursos tradicionais, em que a criatividade é vista como algo que cabe ao autor desenvolver, sem que haja nenhum recurso para isso, nós iremos realizar uma série de atividades que estimulam a criatividade.

Outra proposta particular deste curso é o conceito de ferramenta. Com elas o autor entende melhor a construção do texto, terá mais facilidade ao analisar um texto e aprimorar sua escrita. Ao invés de mera teoria, a ferramenta permite, de uma maneira prática, que o autor consiga expressar suas ideias, produzindo um texto cada vez mais próximo do ideal.

A ferramenta se divide em diferentes categorias. As ferramentas narrativas se referem à construção do texto, à forma como se escreve. As ferramentas de criação se referem, como o nome indica, à construção dos elementos essenciais da história (personagem, ação e ambientação). Cada elemento estudado terá uma série de ferramentas, que ajudarão o autor no processo de construção do seu texto. Além da vantagem didática, as ferramentas conferem total liberdade ao autor, pois ele poderá usar aquelas que julgar mais apropriadas, da maneira que lhe for conveniente. Com isso, evitamos algo muito comum em cursos de técnicas de escrita: que o palestrante influencie os participantes com o seus próprios gostos.

Uma terceira proposta inovadora deste curso se chama foco. Assim como a ferramenta, o foco se encaixa em várias categorias. De uma forma simplificada, o foco é uma característica ou aspecto que você, autor, quer enfatizar. Por exemplo, na descrição física de um personagem o seu foco pode ser uma cicatriz; na descrição psicológica, o foco pode ser um trauma. Na elaboração do enredo, o foco será o centro sobre o qual a ação se desenvolve. (No livro “Crime e Castigo”, do escritor russo Fiodor Dostoievski, o foco central do enredo é um assassinato).

Por fim, a referência é a base da qual surgirá o estilo do autor e do livro. De uma forma simples, a referência é aquilo que norteia o autor na construção do seu livro. “Retrato de Dorian Gray”, de Oscar Wilde, tem uma clara referência estética bem peculiar. Já “Nem os Mais Ferozes”, de Edward Bunker, tem como referência a ação. Um livro da coleção “Sabrina” terá ainda outra referência, mais romântica.

Nada melhor que a prática para entender (e fazer uso) dos conceitos. Os termos vistos aqui são explicados em detalhes no curso.

Escrita Criativa 1

Começando

A grande maioria das pessoas já pensou, em algum momento da vida, em escrever um livro. E isso não é nada supreendente, afinal, a escrita é a forma de comunicação por excelência, através delas ideias foram propagadas, filosofias criadas e histórias imortalizados. Nem mesmo os incríveis avanços da tecnologia conseguem deixar de lado a escrita. Só para refletir, alguns dos sites e ferramentas mais populares da internet (como Orkut, Facebook, MSN e E-mail) se baseiam primariamente na troca de informações através da escrita! E qual a razão do ser humano depender tanto da escrita? Mais do que dependência para transmitir a cultura e a arte, existe uma paixão pela escrita. Seja através de poemas refinados ou textos cômicos, a escrita é uma atividade que estimula a mente, desenvolve a criatividade, proporciona prazer, além de ser uma ótima terapia nesse agitado mundo moderno .

Então, é natural que as pessoas queiram se expressar através da escrita, seja criando romances, contos ou crônicas dos mais diferentes gêneros.

O objetivo do curso Escrita Criativa é ajudar a pessoa a desenvolver sua criatividade e aprendera criar uma história.

O que é “Escrita Criativa”?

Escrita Criativa é definida aqui como toda a criação que encontra na escrita a sua forma de expressão. O objetivo deste curso é estimular a expressão da criatividade através da escrita e passar os principais elementos da composição de textos de ficção.


Criatividade

Ela pode ser vista como algo mágico, uma dádiva, uma benção para qualquer artista. A verdade, no entanto, é que a criatividade é uma faculdade da mente que pode ser treinada, assim como o raciocínio e a memória. E este curso tem como um de seus objetivos justamente estimular a criatividade por meio de exercícios individuais e em grupos, dinâmicas, teoria, análise e, claro, escrita.

A criatividade é parte integrante do ser humano. Não existem pessoas “sem criatividade”. O que existe são pessoas que ainda não perceberam o potencial de sua própria criatividade.


Publique o seu Livro 8

Autores de livros independentes, seguindo o que músicos independentes já têm feito há alguns anos, estão encontrando maneiras alternativas de difundir suas obras. A Internet é certamente um grande veículo nessa tentativa de levar ao público obras que não fazem parte das campanhas de massificação do grande circuito. Uma ideia muito interessante surgiu de um grupo de escritores que montaram um blog que é um catálogo de autores independentes (isso foi o que eu entendi, mas se quiser tirar suas próprias conclusões, acesse www.sociedademutuante.blogspot.com).

A ideia por si só já é interessante. Além disso, o blog é bem estruturado, agradável de ler e há um grande espaço para os autores. São colocadas biografias, obras, muitas fotos, resumos de livros, descrições pessoais, contatos... enfim, tudo que possa interessar quem está cansado da servir as maquinações da mídia. Seja por curiosidade ou para fazer parte da iniciativa, acesse o blog da Sociedade Mutante:

www.sociedademutuante.blogspot.com


Publique o seu Livro 7

Revisão gramatical e ortográfica

É aconselhável que seja feita por um profissional, mesmo quando o autor se julgar capaz.

A opção mais em conta é procurar estudantes universitários de letras (indicados por professores). ,

A maior desvantagem de se contratar um serviço é trabalhar com pessoas que você não conhece bem, sendo difícil saber o quão boa foi a revisão, e se foi feita com cuidado. Novamente, procure por referências caso contrate alguém.

A revisão gramatical e ortográfica deve ser feita após a revisão do conteúdo. Ela é o último passo da formatação do texto. A partir daí, você começará a cuidar de como o seu arquivo irá se transformar em um livro.

Formatação física do livro

Agora você decidirá qual será o tamanho do seu livro, tipo da folha, tamanho do texto em cada página, fonte da letra entre outros. Existem 11 aspectos da formatação física do livro que precisam ser entendidos (caso queira conhecer em detalhes cada um deles, participe do curso "Publique o seu Livro", conexoesbr@yahoo.com.br; confira abaixo o resumo dos aspectos mais importantes).

Fonte

A fonte de um livro é algo sobre o qual todo autor deve se preocupar. Mas não se preocupar demais. Você só tem que saber algumas coisas essências:

Existem dois tipos de fontes, as com serifa e as sem serifa.

Esse é um tipo de fonte sem serifa, e esse é um tipo de fonte com serifa.

A serifa são essas curvinhas na letra, repare bem. A diferença é que as fontes com serifa permitem uma leitura mais fluida. Então, para textos impressos longos, prefira fontes com serifa.

Outra coisa é importante: evite os extremos (eu sei que já falei isso, mas vale a pena lembrar). Uma fonte banal como a Arial ou Times New Roman não é atraente. Estamos cansados de vê-las em jornais, revistas, Internet, currículos, cartas.... tente algo novo, porém... não caia no extremo. Não use fontes rebuscadas demais, como góticas, em estilo árabe ou que imitam escrita a mão. Ler um texto longo com fontes assim é uma verdadeira tortura e não gera nenhuma simpatia nos seus leitores. O melhor é escolher uma fonte similar a garamond, times, goudy, sabon... pois elas são de fácil leitura e por serem similares a fontes largamente usadas os leitores estão familiarizados com sua forma (tornando a leitura mais rápida), além de dar uma boa apresentação para o seu livro.

Uma boa forma de encontrar a fonte ideal para o seu livro é dar uma olhada em outros livros do mesmo gênero que o seu. Em alguns consta a fonte usada na última página do livro. Caso não tenha, tente memorizar e depois visite um site para encontrar uma que seja similar.

O site www.dafont.com é provavelmente o site de fontes mais popular do mundo. No tema SERIF você encontrará centenas de fontes de fácil leitura e que se aproximam da convencional Times.

Para textos na Internet, as fontes sem serifa (como Arial) são as mais indicadas. Ainda não se sabe a razão, mas em uma pesquisa feita por Dr. Ralph F. Wilson, um consultor de negócios, mostrou que quase 2 em cada 3 pessoas preferem ler um texto em Arial (sem serifa) do que em Times New Roman (com serifa) na Internet. Ele notou também que a fonte Verdana é a mais indicada para textos pequenos.

Existem ainda algumas pequenas questões quanto a fonte que usar, como o tamanho. O padrão é a Times New Roman 12. Menor do que isso a leitura fica um pouco prejudicada. Um tamanho 12,5 ou até 13 é ainda bom. Se o seu livro se destinar a crianças ou a um público mais velho, você pode até pensar em usar 13,5 ou 14, ainda que 13 com um espaçamento 1,5 ou superior já será o suficiente.

Como os tamanhos das fontes não são padronizados (Arial 10, por exemplo, é maior do que a Times New Roman 10, que é maior do que a Verdana 10) compare a sua fonte com a Times 12 e encontre o tamanho apropriado.

A última coisa: use apenas uma fonte no do seu livro. Tudo bem se a capa tiver outra fonte, mas no interior use apenas uma. Isso melhora em muito o visual do livro, o que é vital quando se quer trabalhar com livrarias e distribuidores, e facilita a leitura.

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Publique o seu Livro 6

Edição

Editar significa analisar se a história está bem costurada, se a narrativa tem lógica, se não existe alguma falha no enredo (personagem morto reaparece na trama, passagens sem explicação), verificar se o autor soube expressar o que queria dizer. No caso da poesia essa análise é mais tênue devido ao caráter inovador da poesia, que cria novas relações sintáticas, palavras, arranjamento no papel... ainda assim, é válido para o poeta ouvir as reações das pessoas e voltar ao texto.

A edição pode ser feita: 1. por você mesmo. 2. por um profissional. 3. por um público não especializado, como amigos. Esta última opção pode ter grandes desvantagens, como a inexperiência, falta de habilidade para transmitir ideias e detectar certas falhas.

Muitos autores conhecidos optam por terem editores trabalhando com eles, como Salman Rushdie, que já afirmou que deve muito aos seus editores. Outros escritores, no entanto, não aceitam mudar uma letra. Em geral, todos os livros de editoras sofrem edições, boas ou não.

A edição profissional é cara e o retorno pode ser frustrante. Cabe nesse ponto avaliar as suas opções. Se você tem algum contato com pessoas ligadas à literatura, talvez possa pedir ajudar, colocando um agradecimento no livro. Um aspecto positivo da publicação independente, e da arte em geral, é que ela tem o poder de gerar uma simpatia que vai além do mero aspecto econômico. Ou seja, não é difícil encontrar pessoas que poderiam ajudá-lo sem nenhum custo. Vale a pena tentar.

Autores com pouca experiência precisam dos serviços de um editor. Autores mais experientes podem sentir que essa ajuda é menos importante.

Na hora de contratar um profissional, procure as referências deles, trabalhos já realizados por eles, e explique em detalhes a proposta do seu livro, apontando aquelas passagens que você tem dúvidas. Algumas vezes nós sabemos as fraqueza do nosso livro mas não sabemos como resolvê-las, um editor profissional pode ter a resposta.

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Publique o seu Livro 5

Formatação do texto

Uma tarefa da qual nenhum escritor sério pode fugir é a de reler incessantemente o texto. Sempre haverá um erro, uma passagem que pode ser melhorada, um detalhe a ser corrigido. James Joyce, por exemplo, relia os seus textos obsessivamente. Ele levou 7 anos para escrever Ulisses. Quando o livro saiu da gráfica, no entanto, foram encontrados cerca de 19 erros por página, sendo que o livro tinha em torno de 700 páginas (ainda que muito dos erros fossem devido à forma de impressão usada na época).

Atualmente o computador, o tipo de impressão e uma série de outros fatores reduzem em muito o número de erros de um livro, mas ainda assim a releitura do autor é vital. Releia até o seu limite. Esse é o seu dever. Isso não quer dizer que o seu texto não terá nenhum erro após a vigésima leitura, mas cabe a você, principalmente por ser um autor independente, ler ao máximo possível e com o máximo de atenção, fazer de tudo para que não haja o menor número possível de falhas.

Importante: apesar dos editores de textos possuírem corretor ortográfico e gramatical que em muito ajudam o escritor, ele é limitado e está muito longe de substituir um bom revisor humano.

Existem alguns momentos da produção em que é muito importante contratar um serviço externo. Se você está realmente interessado em produzir um livro de qualidade, vai ser difícil fugir de ao menos dois serviços: a revisão gramatical e ortográfica e a produção da capa.

Minha experiência diz que contratar esses dois serviços são os melhores investimentos que você pode fazer.

Existem muitas formas de economizar dinheiro na publicação do seu livro, mas não na revisão e produção gráfica do livro. Pense nisso como um investimento. Se o seu livro não tiver qualidade gráfica, não for apresentável, tiver erros de digitação ou gramática, dificilmente ele entrará em uma livraria, será aceito por escolas ou adquirido por bibliotecas.

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Publique o seu Livro 4

CÓDIGO DE BARRAS

O Código de barras é uma representação gráfica do seu ISBN. O único objetivo dele é facilitar a leitura do ISBN. Ele não é obrigatório, mas muito importante para a comercialização em livrarias. Ele pode ser requerido junto com o ISBN. O recebimento poderá ser on-line ou como fotolito. O código de barra deve ser impresso preferencialmente no canto inferior esquerdo da contra-capa.

O custo atual é de R$ 22,00.

obs: veja no site http://www.isbn.bn.br/ quais publicações que precisam de ISBN.

Publique o seu Livro 3

ISBN

O ISBN - International Standard Book Number – “é um sistema internacional padronizado que identifica numericamente os livros segundo o título, o autor, o país, a editora, individualizando-os inclusive por edição. Utilizado também para identificar software, seu sistema numérico é convertido em código de barras, o que elimina barreiras lingüísticas e facilita a sua circulação e comercialização.” (www.bn.br)

“O ISBN deve ser atribuido à publicações impressas com no mínimo cinco (05) páginas além de softwares e livros eletrônicos.” (www.bn.br)

Em termos práticos, o ISBN é usado por livreiros e distribuidores para identificar o seu livro. Cada livro tem um único ISBN e para uma segunda edição com alterações no texto ou capa é necessário obter um segundo ISBN. Se, no entanto, você quiser fazer uma nova tiragem do seu livro, isso é, publicar mais cópias sem alterar o conteúdo nem a capa, você usará o mesmo ISBN.

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Desde 2003 o uso do ISBN é obrigatório para toda publicação com mais de 5 páginas. Se a sua intenção é comercializar o seu livro, o ISBN é vital. Sem ele poucas livrarias irão consignar o seu livro, e certamente nenhum distribuidor irá querê-lo.

Para obter um ISBN é necessário fazer o cadastro do autor ou empresa. O primeiro é mais simples e barato. O cadastro é feito uma única vez, sendo a taxa atual de R$ 180,00. Cada ISBN custa R$ 12,00. Caso queira também um Código de Barra (R$ 22,00), indique no formulário de inscrição.

Apesar de não ser obrigatório, o código de barra é muito útil para os revendedores (livrarias, sites, supermercados e outros), pois ele torna mais rápida e fácil a identificação do ISBN, além de conferir ao livro um aspecto mais profissional.

O ISBN é obtido junto à Biblioteca Nacional. No site http://www.isbn.bn.br/ você poderá tirar as suas dúvidas através do e-mail e FAQ. Caso tenha alguma outra dúvida, me envie um email e vou procurar responder.

Relembrando, para obter o ISBN você precisa: 1. se cadastrar. Pode ser como pessoa física ou jurídica, no caso de uma editora. O cadastro é feito apenas uma vez, depois disso você pode pedir quantos ISBNs você precisar. 2. Fazer a solicitação do ISBN para o seu livro.

NORMAS DE CADASTRAMENTO
a. Tem que ser o autor da obra a ser editada (autor do texto);
b. Só poderá editar sua própria obra;
c. Enviar a cópia do CPF (legível);
d. Enviar o comprovante bancário original.
(o editor deverá guardar uma cópia para caso de perda ou extravio).

INFORMAÇÕES
a. Organizador não é considerado Autor da publicação;
b. Editor Pessoa Física não pode editar obras de terceiros;
c. Não pode ter nome Jurídico ou Fantasia;
d. Se tiver Pseudônimo e desejar que seja identificado como Editor, o mesmo deverá ser cadastrado na Agência.

SOLICITAÇÃO DO NÚMERO DO ISBN

É OBRIGATÓRIO:

A Solicitação do ISBN deve ser encaminhada junto com o formulário de Cadastramento;

Preencher todos os campos especificados no formulário, EXCETO, o item 9 (prefixo editorial). Este prefixo será atribuido pela agência ao Editor no ato do cadastro;

Preencher o Código/Tabela de Assuntos;

Enviar a cópia da Folha de Rosto da publicação (modelo abaixo) a ser editada;

O envio do comprovante bancário original (o Editor deverá guardar uma cópia para caso de perda ou extravio);

Os documentos necessários para o cadastro e obtenção um ISBN são:

Preencher o formulário em 01 (uma) via (no site http://www.isbn.bn.br/)

Anexar a cópia da folha de rosto* (solicitação sem envio da folha de rosto será devolvida)

Anexar o comprovante bancário original (guarde uma cópia para caso de perda ou extravio)

* A folha de rosto deve conter:

- Autor
- Título e Subtítulo (se houver)
- Edição
- Local
- Editora (no caso de independente, coloque: Edição do Autor
- Ano da publicação

Exemplo de Folha de Rosto:

FULANO DA SILVA

A HISTÓRIA DESTE LIVRO

1ª Edição

Recife

Edição do Autor

2009

Apresentação do ISBN

O ISBN deve ser escrito ou impresso, precedido pela sigla ISBN, a cada segmento separado por hífen.


EX: ISBN 978-85-333-0946-5


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Publique o seu Livro 2

2º Passo : Questões Autorais e Legais

Direito Autoral

O autor independente tem que saber um pouco sobre todos os processos de produção de sua obra. O lado positivo é que há uma maior relação entre autor e obra, você pode acompanhar todas as etapas para fazer com que o produto final fique do jeito que você quer. O lado negativo é que isso exige flexibilidade, paciência e dedicação. Como será dito, você poderá contratar profissionais para realizarem essas etapas (e em pelo menos dois casos isso é aconselhável). Outras etapas, no entanto, só podem ser feitas por você.

A boa notícia é que a obtenção dos direitos autorais, ISBN e código de barras, apesar de dar calafrios em alguns, é bem simples. Para isso você só precisa entender o seguinte:

O único órgão autorizado a fazer o registro autoral de um livro é a Biblioteca Nacional. O direito obtido no Brasil é valido em qualquer lugar do mundo, então ninguém pode publicar uma tradução do seu livro sem o seu consentimento. Na verdade, o seu direito não depende do registro na Biblioteca Nacional. O simples fato de você ser o autor já lhe confere autoria do livro. Isso quer dizer que se você publicar em algum lugar com o seu nome, isso poderá ser usado como prova de sua autoria. O registro deixa o processo mais claro, é a prova irrefutável de autoria. Então, registre o seu livro!

Para fazer o registro você deve apenas:

Enviar a obra impressa com todas as páginas numeradas e rubricadas, incluindo a capa

A capa deve conter título, nome do autor e pseudônimo (se for o caso)

A obra deve ser enviada em uma pasta polionda (aquelas pastas de tamanho A4 de plástico encontradas em qualquer papelaria)

Os documentos que você precisa são:

Xerox da Identidade e CPF

Xerox do comprovante de Residência

Comprovante do pagamento (Guia de Recolhimento da União – GRU - disponível no site www.bn.br)

Formulário de requerimento (neste informar o número de páginas da obra, incluindo capa, dedicatória, introdução, etc.)

Importante: sempre antes de registrar confira o site da Biblioteca Nacional www.bn.br para ver se há alguma alteração.

Exemplo de como deve ser apresentado um livro para registro


Nome: FULANO DA SILVA

Pseudônimo: Zé Tadeu

Título: A HISTORIA DESTE LIVRO


Obs: não importa o tamanho da página, pode ser em A4

Se a sua obra já tiver sido publicada, envie 02 exemplares.

Atualmente a Taxa do GRU, para fazer o registro, é de R$ 20,00

Confira mais detalhes no site http://www.bn.br/


Publique o seu Livro 1

O que é um livro independente?

É aquele pago pelo autor ou por meios obtidos pelo autor, como patrocínio. Em essência, o livro independente é aquele em que o autor tem participação direta em todas as etapas de sua publicação, em especial na sua comercialização. Existe uma modalidade de publicação na qual o autor paga uma editora para publicar o seu livro. Apesar de contar com o apoio tanto na pré-produção quanto, às vezes, na distribuição do livro, esse tipo de publicação é essencialmente independente, pois o autor, e não a editora, desempenha o papel principal na publicação do livro (bem como arca com a maior parte das despesas).

1º Passo - Definindo Objetivos:

Todo livro precisa de um planejamento. Não importa qual o seu objetivo, todo livro precisa de um planejamento. E isso é válido não só para o livro independente como também para os livros publicados por editoras. E uma das principais causas da produção de um livro com baixa qualidade é a falta de objetivos definidos. O mesmo vale para livros que não conseguem dar ao autor o retorno esperado.

Definir um objetivo é vital. Todo autor deve saber o que o move a escrever, ou ainda mais especificamente, o que ele espera com isso (estou falando de livros e escritores, mas a maioria do que é dito vale também para desenhistas, roteiristas, pintores, artistas plásticos...).

Para começar a definir melhor os seus objetivos, pergunte-se:

Qual a minha intenção em escrever?

A resposta vai variar tanto quanto forem as pessoas que se perguntarem. Algumas podem ser bem simples, outras, ambiciosas, isso não importa, o que é vital agora é responder com sinceridade à pergunta.

Alguns exemplos:

Pessoal – Prazer de ter escrito e publicado

Social – Dar para alguns amigos e pessoas do meu círculo social, reconhecimento acadêmico ou do público

Profissional – Construir uma carreira no campo acadêmico, jornalístico ou literário; me tornar escritor meio-período; viver de escrever; fazer dinheiro

Como você viu, as respostas são simples, mas elas irão afetar decisivamente todos os passos seguintes da publicação do seu livro, desde o tipo de publicidade, o preço de venda do livro até a arte da capa.

Agora faça uma pergunta mais específica:

Qual a minha intenção com o livro que quero publicar?

Essa resposta irá especificar a primeira. Será o início da construção do plano do seu livro. Por exemplo, se você quer construir uma carreira (seja acadêmica, jornalística ou como um cronista), você talvez queira enfocar em divulgar o seu nome naquele meio, em abrir espaço nas livrarias, fazer contatos, participar de eventos... Se você quiser, por outro lado, se tornar escritor free-lancer, o livro poderá ser uma porta de entrada em editoras, jornais e revistas especializadas, poderá ser um meio de promover o seu nome e trabalho junto a um outro grupo de pessoas, enfim, isso cabe a você. Mas una essas duas perguntas, faça delas o guia para a formatação do plano do seu livro. Mais uma vez, elas serão a sua referência para todos os passos seguintes, desde a escolha do papel do livro, ao tipo de patrocínio a ser buscado até as melhores opções na hora de distribuir e divulgar.

Muitas vezes os campos social, pessoal e profissional se misturam. Isso não é problema, mas tenha bem claro o seu objetivo. Ele será fundamental na preparação do seu livro e será também uma forma de potencializar o seu trabalho, reduzir gastos e produzir um livro do jeito que você havia pensado.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Publique o seu Livro

O que é um livro independente?

É aquele pago pelo autor ou por meios obtidos pelo autor, como patrocínio. Em essência, o livro independente é aquele em que o autor tem participação direta em todas as etapas de sua publicação, em especial na sua comercialização. Existe uma modalidade de publicação na qual o autor paga uma editora para publicar o seu livro. Apesar de contar com o apoio tanto na pré-produção quanto, às vezes, na distribuição do livro, esse tipo de publicação é essencialmente independente, pois o autor, e não a editora, desempenha o papel principal na publicação do livro (bem como arca com as despesas).

1º Passo - Definindo Objetivos:

Todo livro precisa de um planejamento. Não importa qual o seu objetivo, todo livro precisa de um bom planejamento. E isso é válido não só para o livro independente como também para os livros publicados por editoras. E uma das principais causas da produção de um livro com baixa qualidade é a falta de objetivos definidos. O mesmo vale para livros que não conseguem dar ao autor o retorno esperado. Definir um objetivo é vital. Todo autor deve saber o que o move a escrever, ou ainda mais especificamente, o que ele espera com isso (estou falando de livros e escritores, mas a maioria do que é dito vale também para desenhistas, roteiristas, pintores, artistas plásticos...). Para começar a definir melhor os seus objetivos, pergunte-se:

Qual a minha intenção em escrever?

A resposta vai variar tanto quanto forem as pessoas que se perguntarem. Algumas podem ser bem simples, outras ambiciosas, isso não importa, o que é vital agora é responder com sinceridade à pergunta.

Alguns exemplos:

Pessoal – Prazer de ter escrito e publicado Social – Dar para alguns amigos e pessoas do meu círculo social, reconhecimento acadêmico ou do público Profissional – Construir uma carreira acadêmica /jornalística/literária; me tornar escritor meio-período; viver de escrever; fazer dinheiro

Como você viu, as respostas são simples, mas elas irão afetar decisivamente todos os passos seguintes da publicação do seu livro, desde o tipo de publicidade, o preço de venda do livro até a arte da capa.

Agora faça uma pergunta mais específica:

Qual a minha intenção com o livro que quero publicar?


Publique o seu livro - material de ajuda

Essa resposta irá especificar a primeira. Será o início da construção do plano do seu livro. Por exemplo, se você quer construir uma carreira (seja acadêmica, jornalística ou como um cronista), você talvez queira enfocar em divulgar o seu nome no meio literário, em abrir espaço nas livrarias, fazer contatos, participar de eventos... Se você quiser, por outro lado, se tornar escritor free-lancer, o livro poderá ser uma porta de entrada em editoras, jornais e revistas especializadas, poderá ser um meio de promover o seu nome e trabalho junto a um outro grupo de pessoas, enfim, isso cabe a você. Mas una essas duas perguntas, faça delas o guia

para a formatação do plano do seu livro. Mais uma vez, elas serão a sua referência para todos os passos seguintes, desde a escolha do papel do livro, ao tipo de patrocínio a ser buscado até as melhores opções na hora de distribuir e divulgar.

Muitas vezes os campos social, pessoal e profissional se misturam. Isso não é problema, mas tenha bem claro o seu objetivo. Ele será fundamental na preparação do seu livro e será também uma forma de potencializar o seu trabalho, reduzir gastos e produzir um livro do jeito que você havia pensado.

Para conheçar em detalhes todo o processo de produção e venda de um livro independente, participe do curso Publique o seu Livro

Sociedade Mutante

Autores de livros independente, seguindo o que músicos independente já têm feito há alguns anos, estão encontrando maneiras alternativas de difundir suas obras. A Internet (ainda que poucos explorem seu real potencial, quanto mais autores independente) é certamente um grande veículo nessa tentativa de levar ao público obras que não fazem parte das campanhas de massificação do grande circuito. Uma idéia muito interessante surgiu de um grupo de escritores que montaram um blog que tem como objetivo ser um catálogo de autores independentes. Isso foi o que eu entendi, mas se quiser formar sua própria opinião, entre no link www.sociedademutuante.blogspot.com

A idéia por si só já é interessante. Além disso, o blog é bem estruturado, agradável de se ler e há um grande espaço para os autores. São colocadas a biografia, obras, muitas fotos, resumo, descrição pessoal, contatos... enfim, tudo que pode interessar quem está cansado da servir as maquinações da mídia. Seja por curiosidade ou par fazer parte dainiciativa, acesse o blog da Sociedade Mutante www.sociedademutuante.blogspot.com

É importante que autores independentes tenham atitude e apóiem idéias como essa. Não custa nada comentar com amigos, ou mesmo arriscar comprar um livro que quer nos convencer pelo seu conteúdo, e não pelas bocas vorazes da mídia que mastigam nossos olhos, pensamentos e gostos.

Formatação do texto

Uma tarefa da qual nenhum escritor sério pode fugir é a de reler incessantemente o texto. Sempre haverá um erro, uma passagem que pode ser melhorada, um detalhe a ser corrigido. James Joyce, por exemplo, relia os seus textos obsessivamente. Ele levou 7 anos para escrever Ulisses. Quando o livro saiu da gráfica, no entanto, foram encontrados cerca de 19 erros por página, sendo que o livro tinha em torno de 700 páginas (ainda que muito dos erros foram devido à forma de impressão usada na época).

Atualmente o computador, o tipo de impressão e uma série de outros fatores reduzem muito o número de erros de um livro, mas ainda assim a releitura do autor é vital. Releia até o seu limite. Esse é o seu dever. Isso não quer dizer que o seu texto não terá nenhum erro após a vigésima leitura, mas cabe a você, principalmente por ser um autor independente, ler o máximo possível e com o máximo de atenção, fazer de tudo para que não haja muitas falhas.

Importante: apesar dos editores de textos possuírem corretor ortográfico e gramatical que em muito ajudam o escritor, ele é limitado e está muito longe de substituir um bom revisor humano.

Existem alguns momentos da produção em que é muito importante contratar um serviço externo. Se você está realmente interessado em produzir um livro de qualidade, vai ser difícil fugir de ao menos dois serviços: a revisão gramatical e ortográfica e a produção da capa.

Minha experiência diz que contratar esses dois serviços é o melhor investimento que você pode fazer.

Existem muitas de economizar dinheiro na publicação do seu livro (para conhecer melhor quais são elas, ), mas a revisão e produção gráfica do livro não é um deles.

Pense nisso como um investimento. Se o seu livro não tiver qualidade gráfica, não for apresentável, tiver erros de digitação ou gramática, dificilmente ele entrará em um livraria, será aceito por escolas ou adquirido por bibliotecas.

Dependendo do tipo de livro, das dificuldades dele e do autor, outros serviços profissionais podem ser extremante utéis. Veja abaixo uma lista de serviços profissionais e confiáveis, que, espero, irão lhe ajudar a produzir um livro do jeito que você imagina.

Capa e Design

dovale@dovale81.com - www.dovale81.com

Revisão gramatical e ortográfica

conexoesbr@yahoo.com.br

Diagramação

dovale@dovale81.com - www.dovale81.com



Exemplos de sucesso

Talvez você não saiba, mas muitos autores consagrados começaram publicando seus próprios livros (e para alguns o mercado independente foi tão bom que eles dispensaram editoras e continuaram a publicar seus livros).

Veja abaixo alguns exemplos:


Apoio da Família

O livro Eragon foi traduzido para dezenas de idiomas, virou filme e videogame. Mas tudo começou com uma boa idéia é muita vontade. Os pais do autor, Christopher Paolini, então com 19 anos, imprimiram 10 mil cópias do livro e organizaram para que ele fosse a 135 colégios, bibliotecas e eventos ao redor dos EUA. Em um desses colégios, um garoto comprou o livro e o deu para o padrasto, um escritor. Fascinado com a história, o escritor falou com o seu agente e em pouco tempo Christopher estava assinando um contrato com uma das maiores editoras do país. E tudo começou com a persistência em ir em todas os 135 locais fantasiado como personagens do livro.


Novos espaços


Arthur Agatston, autor do livro A Dieta de South Beach, começou publicando folhetinhos com algumas de suas dietas. Aos poucos as pessoas foram conversando sobre os panfletos e eles acabaram nas mãos de um produtor de uma pequena TV local, que o convidou para uma entrevista. Devido a grande aceitação do público, a emissora ofereceu a ele um programa diário sobre dietas. Depois, muitos supermercados solicitaram que ele fizesse refeições baseadas em sua dieta e não faltaram editoras para o seu livro, inclusive no Brasil.



Conheça o seu Público

André Vianco recebeu um dinheiro do FGTS e decidiu usá-lo para imprimir 1.000 cópias de seu primeiro livro no ano de 2000. Com muita vontade, começou a distribuir o livro em livrarias e entrar em contato com editoras. Em 2001 a editora Novo Século se interessou pelo trabalho e publicou. Desde então, foram mais de 10 livros publicados e o reconhecimento do público que adora histórias de vampiros.




Curso Publique o seu Livro

Curso Publique o seu livro


O curso Publique o seu Livro foi feito para quem quer transformar aquele arquivo de computador em um livro de verdade. E isso não significa apenas imprimir, mas mostrar a sua criação para o mundo.

O grande diferencial desse curso é que ele é voltado especificamente para a publicação do livro. A informação é dada passo-a-passo, seguindo o processo editorial que vai do registro da obra, obtenção do ISBN, passa pela edição do texto e chega às diferentes formas de comercializar cada tipo de livro.

Um verdadeiro guia elaborado pelo escritor Norman Lance, que tem grande experiência na área.

Em nenhum outro curso você terá tamanho volume de informação, e tudo de forma clara e prática.

Além de ser uma orientação, o curso é uma maneira de escritores independentes conhecerem os mecanismos para a produção de um livro com qualidade.

Se você quer divulgar o seu livro, é preciso ter profissionalismo e conhecimento. E é isso que Publique o seu Livro oferece.

Você verá tudo sobre:

Questões Autorais e Legais

Correção e Revisão

Como economizar dinheiro na produção do livro

Como produzir um livro de qualidade

Como levantar o capital para publicar o seu livro

Distribuição & Divulgação

E ainda:

Posicionamento: a chave para uma grande publicidade

Como divulgar um livro na imprensa

Impressão Sob Demanda X Impressão Tradicional – diferenças e vantagens

Curso online

Para fazer um curso online só é preciso pagar a inscrição (abaixo) e ter um computador com acesso à internet. O curso será ao vivo com o escritor Norman Lance e será feito pelo programa gratuito Skype. Se você não entender muito de computador, não se preocupe, pois receberá todas as instruções. É muito simples.

Caso queira organizar um curso, mande um e-mail para conexoesbr@yahoo.com.br