quinta-feira, 23 de junho de 2011

Além dos Limites da Mente Humana

A tecnologia e ciência alcançaram o impossível. A cada dia penetra-se mais intimamente nos invisíveis componentes da matéria. A bomba atômica é conhecida há mais de meio século, a descoberta e domínio do DNA tornam reais as mais estranhas fábulas. Não apenas nos laboratórios se produz essa mágica materialista, no nosso dia a dia absorvemos a tecnologia que, ausente, não nos permitiria mais reconhecer quem somos. E, por mais absurdo que pareça, mal sabemos como essas tecnologias funcionam. Ficamos apenas a imaginar como um fio emite sinais que serão convertidos em imagens, sons ou filmes na tela do computador? Como uma televisão capta ondas invisíveis, transmitidas ao longo de quilômetros, e as transforma em pessoas, barulhos e emoções? Que tipo de poder é esse que nos permite com um aparelho menor do que a palma da mão comunicar, em tempo real, com alguém nas regiões mais longínquas do mundo?

Se prestarmos atenção aos objetos ao nosso redor, do plástico de uma embalagem a um helicóptero cortando o céu, do brilho hipnotizante da TV aos Cd’s vendidos nas ruas por R$ 2,00, nos espantaremos como a tecnologia criou tanto, em tão pouco tempo, nos deixando ignorantes sobre como tudo isso funciona. Mas ainda assim, apesar da nossa ignorância, nos adaptamos a todas as novas criações, usamos celulares, Internet, e-mail, dvd’s, mp3 e toda espécie de inovação que adentra no nosso cotidiano. No entanto, quando temos que enfrentar o sofrimento, apelamos não somente para as novas drogas da industria farmacêutica, pelos métodos mais avançados da psicoterapia, mas antes de mais nada nos agarramos em crenças criadas a 1.500, 2 mil, ou 3 mil anos atrás.

Quando o desespero e a morte, a dor e a incompreensão nos afligem, são para idéias religiosas formadas milênios atrás que nos voltamos. Procuramos respostas em escrituras empoeiradas e esquecemos o ruidoso mundo da tecnologia. Não nos importa que aqueles que criaram essas ideias, as recitaram ou escreveram, viviam em desertos em tudo diferente da nossa vida cotidiana, que os limites do universo deles era o limite de suas vilas, que pensavam que sob as nuvens criaturas mágicas habitavam e viam demônios sempre à espreita. Nada disso importa, pois quando se torna necessário abandonamos os confortos da tecnologia e procuramos uma razão para o nosso sofrimento em qualquer afirmação que nos diga que, em algum lugar, em um momento qualquer do futuro, tudo terá sentido, o que foi errado será concertado e a alegria cobrirá as dores.

Isso, antes de mais nada, mostra quão pouco nossa civilização orientada na dominação do meio natural e social, onde a tecnologia penetra todos nossos poros, ainda é nula quando solicitada para nos dar um entendimento melhor de quem somos, do que é a nossa mente e de como podemos conviver melhor com as disposições mentais que enfrentamos ao longo da vida.

Agora, imagine se a tecnologia que dispomos fosse usada para explorar ao máximo os limites da mente humana? E se eletrodos fossem implantados no cérebro para aliviar dores, apagar traumas, acabar com a depressão ou violência? Por mais estranha que essa possibilidade possa parecer, ela é real! Há pelo menos 50 anos cientistas tem usados eletrodos para alterar reações cerebrais em projeto pouco divulgados, com resultados assustadores. E esse é o principal ponto que exploro no meu livro Conexões, que mistura informações acuradas em uma narrativa de ação, mistério e, sobretudo, explora os limites da mente humana!



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