ESCRITA CRIATIVA & PUBLICAÇÃO DE LIVROS
Neste blog você encontrará informações sobre escrita criativa, publicação independente e mais detalhes sobre o escritor Norman Lance, autor de "Conexões".
terça-feira, 9 de dezembro de 2014
quinta-feira, 12 de abril de 2012
"Personal writer"
A ideia surgiu quando um amigo me disse que estava trabalhando como ‘personal soccer’. Ou seja, ele, um ex-jogador de futebol e agora treinador, acompanha jogadores iniciantes em treinamentos individuais em que são aprimoradas técnicas de jogo. Se já estávamos acostumados com o termo ‘personal trainer’, a ideia de transpor o mesmo princípio para outras áreas me pareceu nova, e fiquei imaginando onde mais um ‘personal’ seria útil. A resposta veio rápido, afinal, tudo o que fiz em minha vida sempre foi direta ou indiretamente relacionado a livros: vendedor em livrarias físicas e online, jogador e mestre e de RPG, editor, jornalista, diretor de publicação, tradutor, revisor, oficineiro... e, claro, escritor.
A ideia de trabalhar diretamente com um autor no desenvolvimento do texto e/ou publicação de um livro não era nova para mim. Só que até então eu chamava de ‘assessorias’ (e é algo que ainda faço com muita satisfação). Mas resolvi desenvolver a ideia do ‘personal writer’, que seria uma forma um pouco mais próxima (e mais motivacional) de trabalhar com novos autores. Enquanto muitas pessoas têm excelentes ideias e, ainda mais, páginas e páginas de um livro guardadas na gaveta, falta muitas vezes um pouco de coragem, ou determinação, para terminar o livro e começar o processo de publicação. O ‘personal writer’ seria esse elemento que estimularia novos autores e os ajudariam a resolver aqueles pontos difíceis que faltam para a conclusão do livro. Ou seja, seria um apoio técnico (de análise narrativa, construção textual, desenvolvimento da linguagem...) mas também de motivação.
A ideia é nova, mas estou bem otimista. Se você quer saber mais sobre ‘personal writer’ ou assessorias de escrita e publicação, me envie um e-mail: conexoesbr@yahoo.com.br
Norman Lance.
A ideia de trabalhar diretamente com um autor no desenvolvimento do texto e/ou publicação de um livro não era nova para mim. Só que até então eu chamava de ‘assessorias’ (e é algo que ainda faço com muita satisfação). Mas resolvi desenvolver a ideia do ‘personal writer’, que seria uma forma um pouco mais próxima (e mais motivacional) de trabalhar com novos autores. Enquanto muitas pessoas têm excelentes ideias e, ainda mais, páginas e páginas de um livro guardadas na gaveta, falta muitas vezes um pouco de coragem, ou determinação, para terminar o livro e começar o processo de publicação. O ‘personal writer’ seria esse elemento que estimularia novos autores e os ajudariam a resolver aqueles pontos difíceis que faltam para a conclusão do livro. Ou seja, seria um apoio técnico (de análise narrativa, construção textual, desenvolvimento da linguagem...) mas também de motivação.
A ideia é nova, mas estou bem otimista. Se você quer saber mais sobre ‘personal writer’ ou assessorias de escrita e publicação, me envie um e-mail: conexoesbr@yahoo.com.br
Norman Lance.
segunda-feira, 5 de março de 2012
curso "Publique o Seu Livro"
CURSO
PUBLIQUE SEU LIVRO
Com: Norman Lance
No primeiro encontro (24/03), o tema tratado será Pré-Produção: como definir objetivos, questões autorais e legais, formatação de livro e algumas estratégias para levantar capital inicial. O segundo encontro (31/03) trará o tema Pós-Produção e abordará montagem de um plano para o seu livro, principais formas de distribuição e de divulgação, além de dicas para conseguir uma editora. Com Norman Lance, autor de cinco livros e especialista em publicação independente e escrita criativa.
Serão 2 encontros:
R$50 para um dos encontros ou R$80 para os dois encontros
Valor: R$ 50,00
Horário: das 10h30 às 12h30
Local: AUDITÓRIO
Inscreva-se:
http://www.livrariadavila.com.br/Eventos/Eventos.aspx
PUBLIQUE SEU LIVRO
Com: Norman Lance
No primeiro encontro (24/03), o tema tratado será Pré-Produção: como definir objetivos, questões autorais e legais, formatação de livro e algumas estratégias para levantar capital inicial. O segundo encontro (31/03) trará o tema Pós-Produção e abordará montagem de um plano para o seu livro, principais formas de distribuição e de divulgação, além de dicas para conseguir uma editora. Com Norman Lance, autor de cinco livros e especialista em publicação independente e escrita criativa.
Serão 2 encontros:
R$50 para um dos encontros ou R$80 para os dois encontros
Valor: R$ 50,00
Horário: das 10h30 às 12h30
Local: AUDITÓRIO
Inscreva-se:
http://www.livrariadavila.com.br/Eventos/Eventos.aspx
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
publique o seu livro - dica do dia: edição
Editar significa analisar se a estória está bem costurada, se a narrativa tem lógica, se não existe alguma falha no enredo (personagem morto reaparece na trama, passagens sem explicação), verificar se o autor soube expressar o que queria dizer. No caso da poesia essa análise é mais tênue devido ao caráter inovador da poesia, que cria novas relações sintáticas, palavras, arranjamento no papel... ainda assim, é válido para o poeta ouvir as reações das pessoas e voltar ao texto. A edição pode ser feita: 1. por você mesmo. 2. por um profissional. 3. por um público não especializado, como amigos. Esta última opção pode ter grandes desvantagens, como a inexperiência, falta de habilidade para transmitir ideias e detectar certas falhas. Muitos autores conhecidos optam por terem editores trabalhando com eles, como Salman Rushdie, que já afirmou que deve muito aos seus editores. Outros escritores, no entanto, não aceitam mudar uma letra. Em geral, todos os livros de editoras sofrem edições, boas ou não. A edição profissional é cara e o retorno pode ser frustrante. Cabe nesse ponto avaliar as suas opções. Se você tem algum contato com pessoas ligadas à literatura, talvez possa pedir ajudar, colocando um agradecimento no livro. Um aspecto positivo da publicação independente, e da arte em geral, é que ela tem o poder de gerar uma simpatia que vai além do mero aspecto econômico. Ou seja, não é difícil encontrar pessoas que poderiam ajudá-lo sem nenhum custo. Vale a pena tentar. Autores com pouca experiência precisam dos serviços de um editor. Autores mais experientes podem sentir que essa ajuda é menos importante. Na hora de contratar um profissional, procure as referências deles, trabalhos já realizados por eles, e explique em detalhes a proposta do seu livro, apontando aquelas passagens que você tem dúvidas. Algumas vezes nós sabemos as fraqueza do nosso livro mas não sabemos como resolvê-las, um editor profissional pode ter a resposta.
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
escreva o seu livro - dica do dia: persistência
persistência é fundamental para concluir (ou mesmo começar) um livro. É comum ficarmos empolgados nas primeiras páginas e, aos poucos, perdemos o estímulo, até que chegamos a um ‘desesperador’ momento em que simplesmente não conseguimos continuar. Uma boa solução é dar alguns dias de intervalo, ‘descansar’ do livro, e depois fazer uma leitura desde o começo do que foi escrito. Perceba os pontos positivos do livro, o potencial que ele tem, diga para você mesmo que é um livro que tem tudo para dar certo, mas que, obviamente, precisa ser completado. Encontre no seu próprio texto a motivação para continuar, para resgatar aquela empolgação do começo.
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Conexões
Conexões:
Acredita-se que o Grimorium Verum foi escrito em algum ponto do século 13 por um certo Alibek, o egípcio, e publicado no Cairo. O livro é considerado um dos mais atrozes do gênero, em especial devido ao ritual de necromancia descrito em detalhes. E era justamente isso o que mais atraia Adrian. Ele tinha grande interesse nas ciências antigas, na forma como os conhecimentos mais diversos, como os da Goetia, da magia, dos sutras hindus ou das revelações dos sufis, poderiam se relacionar com a ciência moderna. Alguns pensadores mais extremados chegam a afirmar que a ciência moderna nada mais é do que a redescoberta de tudo aquilo que já está escrito em tratados místicos. Os seguidores dessa linha de pensamento têm fortes evidências. Nos Vedas, por exemplo, milênios antes de filósofos europeus calcularem erroneamente a idade da Terra com base em mitos bíblicos, já se dizia que o universo era composto de inumeráveis planetas e tinha bilhões de anos.
Acredita-se que o Grimorium Verum foi escrito em algum ponto do século 13 por um certo Alibek, o egípcio, e publicado no Cairo. O livro é considerado um dos mais atrozes do gênero, em especial devido ao ritual de necromancia descrito em detalhes. E era justamente isso o que mais atraia Adrian. Ele tinha grande interesse nas ciências antigas, na forma como os conhecimentos mais diversos, como os da Goetia, da magia, dos sutras hindus ou das revelações dos sufis, poderiam se relacionar com a ciência moderna. Alguns pensadores mais extremados chegam a afirmar que a ciência moderna nada mais é do que a redescoberta de tudo aquilo que já está escrito em tratados místicos. Os seguidores dessa linha de pensamento têm fortes evidências. Nos Vedas, por exemplo, milênios antes de filósofos europeus calcularem erroneamente a idade da Terra com base em mitos bíblicos, já se dizia que o universo era composto de inumeráveis planetas e tinha bilhões de anos.
Conexões: Capítulo 1
CAPÍTULO 1
Março de 2001
O toque do telefone rompeu o silêncio da madrugada. Apesar do horário, Adrian estava acordado, debruçado em um dos mais intrigantes livros do mundo ocidental; o Grimorium Verum. A verdadeira origem do livro é discutida ainda hoje. Acredita-se que foi escrito em algum ponto do século 13 por um certo Alibek, o egípcio, e publicado no Cairo. O Grimorium Verum é tido como um dos livros mais atrozes do gênero, em especial devido ao ritual de necromancia descrito em detalhes. E era justamente isso o que mais atraia Adrian. Ele tinha grande interesse nas ciências antigas, na forma como os conhecimentos mais diversos, como os da Goetia, da magia, dos sutras hindus ou das revelações dos sufis, poderiam se relacionar com a ciência moderna. Alguns pensadores mais extremados chegam a afirmar que a ciência moderna nada mais é do que a redescoberta de tudo aquilo que já está escrito em tratados místicos. Os seguidores dessa linha de pensamento têm fortes evidências. Nos Vedas, por exemplo, milênios antes de filósofos europeus calcularem erroneamente a idade da Terra com base em mitos bíblicos, já se dizia que o universo era composto de inumeráveis planetas e tinha bilhões de anos. O Princípio da Vibração, contido no Caibalion, um texto que remonta ao Antigo Egito, postulou algo que só viria a ser afirmado pela física quântica; a inata vibração de tudo que existe. Descobertas feitas a partir da relatividade foram antevistas em escrituras zen, e milhares são as outras evidencias que surgem a cada dia.
Ainda que Adrian não acreditasse que a ciência estava apenas revelando antigos segredos usando outra linguagem, ele procurava estabelecer paralelos entre as suas pesquisas neurológicas e métodos encontrados nas mais variadas culturas, como a Inca, Tolteca, Suméria, Persa e Dravídica. Apesar de ser um homem da ciência, dividia a acurada metodologia científica com o estudo de ocultismo e mitologia.
Adrian levantou-se apenas devido à persistência do toque, que estava na quinta vez. Odiava ser interrompido durante os estudos, em especial numa noite em que se sentia inspirado e as palavras que lia pareciam mais claras do que nunca.
Ao olhar no visor do telefone viu um número que gelou os ossos. Atendeu sem demora. Sua voz saiu trêmula, insegura, quando disse Alô!
Do outro lado da linha estava o vice-presidente e efetivo controlador de uma das maiores empresas de novas tecnologias do mundo, a TNA.
‘Doutor Adrian Loth?’ Disse Boris Dortman num tom sombrio.
‘Sim. Algum problema, senhor?’
‘O hangar 23 está em chamas.’ E desligou.
Aquela era uma mensagem simples; Adrian deveria se dirigir imediatamente para uma reunião de emergência. Provavelmente a TNA fora atacada. Não havia nenhum hangar 23, aquele era um código, e o mesmo valia para “incêndio”, que significava ataque.
Tentou imaginar o que poderia ter acontecido e suspeitou que algum hacker havia invadido o sistema da TNA e... não ousava completar o pensamento. Em menos de dois minutos estava no carro, dirigindo em alta velocidade para a sala de reuniões. No caminho, continuava a imaginar exatamente o que acontecera. Um ataque físico seria impossível. Ninguém poderia se infiltrar na verdadeira fortaleza que as dependências da TNA eram. Isso era ridículo. Mesmo com a ajuda de alguém do lado de dentro não havia como passar por um dos esquadrões de segurança mais severamente treinados, que tinham ao seu dispor a mais avançada tecnologia, e ainda era supervisionado pessoalmente por Boris, um homem conhecido por seu perfeccionismo.
A outra opção era um ataque virtual. Apesar de ter ao seu dispor uma equipe de hackers que estava continuamente testando e incrementando a segurança da empresa, todos sabiam que um ataque virtual poderia vir a qualquer hora, de qualquer parte do mundo e de qualquer pessoa. Esse é o dilema das grandes empresas atualmente. Os computadores são vitais, seria impossível armazenar todas as informações num arquivo tradicional, quanto mais criar um meio de acessá-las rapidamente. Mas, igualmente, ele podem ser a causa da destruição de qualquer um. Arquivos secretos, estratégias, dados internos poderiam de uma hora para outra tornarem-se públicos.
Se o ataque virtual realmente aconteceu, as questões eram: quanto ele revelou? Quem estava por trás dele? E o que mais importava para Adrian: o Projeto Nova havia sido invadido?
Tudo indicava que sim, pois do contrário não teria sido chamado. Ao imaginar que o projeto que era uma das coisas mais valiosas de sua vida estava em perigo, Adrian ficou pálido, a garganta secou e temeu o pior.
Havia mais. Quando Adrian se aproximava da sede da TNA, o celular tocou. Mas não foi o celular convencional. Era um telefone especial, deveria estar ligado 24 horas por dia, 365 dias por ano, e durante os últimos 2 anos nunca esteve sem ele. Apenas uma pessoa tinha o seu número, e Adrian não podia fazer nenhuma ligação ou falar, apenas ouvir.
O celular tocou uma segunda vez. Adrian parou, estava a menos de um quilômetro da sede. Atendeu. Ficou em silêncio. Do outro lado da linha uma mulher disse com firmeza:
‘Os astros estão caindo.’
A mensagem, também em código, o deixou ainda mais perturbado. Agora estava claro que o Projeto Nova fora atacado, mais do que isso, um projeto paralelo, ultra-secreto, que foi implantado no seio da TNA sem que ninguém além de Adrian e daquela mulher soubessem, também estava em perigo.
Em menos de vinte minutos dois telefonemas o colocaram diante de um verdadeiro pesadelo. Se fosse descoberto, a repercussão destruiria sua imagem, reputação e poderia colocá-lo na cadeia.
O desespero venceu a calma que sempre tentava manter. Num gesto impensado, pegou o celular e ligou de volta.
‘O que vamos fazer? Fomos descobertos, temos que fugir!’ Exclamou.
Do outro lado da linha ouviu apenas uma respiração pesada e uma resposta cheia de ódio.
‘Seu tolo!’
Ele concordou em silêncio, jogou o telefone para o lado e acelerou para a sede da TNA.
Março de 2001
O toque do telefone rompeu o silêncio da madrugada. Apesar do horário, Adrian estava acordado, debruçado em um dos mais intrigantes livros do mundo ocidental; o Grimorium Verum. A verdadeira origem do livro é discutida ainda hoje. Acredita-se que foi escrito em algum ponto do século 13 por um certo Alibek, o egípcio, e publicado no Cairo. O Grimorium Verum é tido como um dos livros mais atrozes do gênero, em especial devido ao ritual de necromancia descrito em detalhes. E era justamente isso o que mais atraia Adrian. Ele tinha grande interesse nas ciências antigas, na forma como os conhecimentos mais diversos, como os da Goetia, da magia, dos sutras hindus ou das revelações dos sufis, poderiam se relacionar com a ciência moderna. Alguns pensadores mais extremados chegam a afirmar que a ciência moderna nada mais é do que a redescoberta de tudo aquilo que já está escrito em tratados místicos. Os seguidores dessa linha de pensamento têm fortes evidências. Nos Vedas, por exemplo, milênios antes de filósofos europeus calcularem erroneamente a idade da Terra com base em mitos bíblicos, já se dizia que o universo era composto de inumeráveis planetas e tinha bilhões de anos. O Princípio da Vibração, contido no Caibalion, um texto que remonta ao Antigo Egito, postulou algo que só viria a ser afirmado pela física quântica; a inata vibração de tudo que existe. Descobertas feitas a partir da relatividade foram antevistas em escrituras zen, e milhares são as outras evidencias que surgem a cada dia.
Ainda que Adrian não acreditasse que a ciência estava apenas revelando antigos segredos usando outra linguagem, ele procurava estabelecer paralelos entre as suas pesquisas neurológicas e métodos encontrados nas mais variadas culturas, como a Inca, Tolteca, Suméria, Persa e Dravídica. Apesar de ser um homem da ciência, dividia a acurada metodologia científica com o estudo de ocultismo e mitologia.
Adrian levantou-se apenas devido à persistência do toque, que estava na quinta vez. Odiava ser interrompido durante os estudos, em especial numa noite em que se sentia inspirado e as palavras que lia pareciam mais claras do que nunca.
Ao olhar no visor do telefone viu um número que gelou os ossos. Atendeu sem demora. Sua voz saiu trêmula, insegura, quando disse Alô!
Do outro lado da linha estava o vice-presidente e efetivo controlador de uma das maiores empresas de novas tecnologias do mundo, a TNA.
‘Doutor Adrian Loth?’ Disse Boris Dortman num tom sombrio.
‘Sim. Algum problema, senhor?’
‘O hangar 23 está em chamas.’ E desligou.
Aquela era uma mensagem simples; Adrian deveria se dirigir imediatamente para uma reunião de emergência. Provavelmente a TNA fora atacada. Não havia nenhum hangar 23, aquele era um código, e o mesmo valia para “incêndio”, que significava ataque.
Tentou imaginar o que poderia ter acontecido e suspeitou que algum hacker havia invadido o sistema da TNA e... não ousava completar o pensamento. Em menos de dois minutos estava no carro, dirigindo em alta velocidade para a sala de reuniões. No caminho, continuava a imaginar exatamente o que acontecera. Um ataque físico seria impossível. Ninguém poderia se infiltrar na verdadeira fortaleza que as dependências da TNA eram. Isso era ridículo. Mesmo com a ajuda de alguém do lado de dentro não havia como passar por um dos esquadrões de segurança mais severamente treinados, que tinham ao seu dispor a mais avançada tecnologia, e ainda era supervisionado pessoalmente por Boris, um homem conhecido por seu perfeccionismo.
A outra opção era um ataque virtual. Apesar de ter ao seu dispor uma equipe de hackers que estava continuamente testando e incrementando a segurança da empresa, todos sabiam que um ataque virtual poderia vir a qualquer hora, de qualquer parte do mundo e de qualquer pessoa. Esse é o dilema das grandes empresas atualmente. Os computadores são vitais, seria impossível armazenar todas as informações num arquivo tradicional, quanto mais criar um meio de acessá-las rapidamente. Mas, igualmente, ele podem ser a causa da destruição de qualquer um. Arquivos secretos, estratégias, dados internos poderiam de uma hora para outra tornarem-se públicos.
Se o ataque virtual realmente aconteceu, as questões eram: quanto ele revelou? Quem estava por trás dele? E o que mais importava para Adrian: o Projeto Nova havia sido invadido?
Tudo indicava que sim, pois do contrário não teria sido chamado. Ao imaginar que o projeto que era uma das coisas mais valiosas de sua vida estava em perigo, Adrian ficou pálido, a garganta secou e temeu o pior.
Havia mais. Quando Adrian se aproximava da sede da TNA, o celular tocou. Mas não foi o celular convencional. Era um telefone especial, deveria estar ligado 24 horas por dia, 365 dias por ano, e durante os últimos 2 anos nunca esteve sem ele. Apenas uma pessoa tinha o seu número, e Adrian não podia fazer nenhuma ligação ou falar, apenas ouvir.
O celular tocou uma segunda vez. Adrian parou, estava a menos de um quilômetro da sede. Atendeu. Ficou em silêncio. Do outro lado da linha uma mulher disse com firmeza:
‘Os astros estão caindo.’
A mensagem, também em código, o deixou ainda mais perturbado. Agora estava claro que o Projeto Nova fora atacado, mais do que isso, um projeto paralelo, ultra-secreto, que foi implantado no seio da TNA sem que ninguém além de Adrian e daquela mulher soubessem, também estava em perigo.
Em menos de vinte minutos dois telefonemas o colocaram diante de um verdadeiro pesadelo. Se fosse descoberto, a repercussão destruiria sua imagem, reputação e poderia colocá-lo na cadeia.
O desespero venceu a calma que sempre tentava manter. Num gesto impensado, pegou o celular e ligou de volta.
‘O que vamos fazer? Fomos descobertos, temos que fugir!’ Exclamou.
Do outro lado da linha ouviu apenas uma respiração pesada e uma resposta cheia de ódio.
‘Seu tolo!’
Ele concordou em silêncio, jogou o telefone para o lado e acelerou para a sede da TNA.
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
publique o seu livro – dica do dia:
O livro independente é aquele pago pelo autor ou por meios obtidos pelo autor, como patrocínio. Em essência, o livro independente é aquele em que o autor tem participação direta em todas as etapas de sua publicação, em especial na sua comercialização. Existe uma modalidade de publicação na qual o autor paga uma editora para publicar o seu livro. Apesar de contar com o apoio tanto na pré-produção quanto, às vezes, na distribuição do livro, esse tipo de publicação é essencialmente independente, pois o autor, e não a editora, desempenha o papel principal na publicação do livro (bem como arca com a maior parte das despesas).
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escreva o seu livro - dica do dia: desenvolva a criatividade com um simples exercício...
pense em algo que nos toca (bom, ruim, recordação, sonho...). Com esse sentimento, comece a escrever. O mais importante é, depois de começar a escrever, não pense, apenas escreva continuamente. Esse exercício simples irá fazer com que a escrita fique cada vez menos 'racional', e se aproxime do incrível fluxo da criatividade.
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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
escreva o seu livro - dica do dia:
a literatura permite algo único. Viver outro corpo, outra mente, sentir lugares, tocar objetos, ter relações que nunca tivemos. Nos permite mergulhar na mente de um fanático, nos bocejos de um promotor corrupto ou destroçar um cadáver à procura de um fio de ouro que caiu na última refeição do defunto. Podemos pensar tal como seres inexistentes que habitam lugares irreais e falam línguas que deveriam ser bizarras mas que, por mais que nos esforcemos, ainda soam tão humanas.
Hoje os céus têm limites, as chuvas podem ser previstas, mistérios são desmanchados, a natureza dominada, mas a nossa mente permanece, desde o começo do ser humano, com o inabalável poder de ir sempre além. A literatura, que é uma expressão tão intimista, que nega o contato direto com o público, nos permite explorar os nossos limites pessoais sabendo que ainda estamos longe das suas fronteiras ao entrarmos no íntimo de seres imaginários que poderiam ser reais. Os limites da literatura, na verdade, são os limites do autor e do leitor, da nossa pobreza, da miséria do mundo.
Pessoas movidas por intensa religiosidade sempre me fascinaram, em especial aqueles desconhecidos que ao invés de serem chamados profetas são apenas loucos. Fiquei imaginando como seria entrar na mente de uma delas. Comecei aos poucos. Esse messias que se formava em minha cabeça havia sofrido um trauma; uma operação no cérebro contra sua vontade (lobotomia, implante de eletrodos, operação contra epilepsia... isso deixei para o leitor imaginar):
Natanael ainda se lembrava da operação. A luz forte contra os seus olhos, a agulha da anestesia atravessando a pele, a sonolência, agonia, e, sobretudo, incompreensão.
Não sabia por que estava lá, por que foi tirado da clínica de tratamento, quem eram aquelas pessoas e o que faziam. A última lembrança antes da operação foi de entrar na clínica. Colocaram-no em um quarto, estava cansado, queria dormir apesar de ser dia. Ao lado da cama, dois médicos o esperavam. Deveria ter achado estranho, mas não, provavelmente tinha sido drogado, só queria dormir. Os médicos o levaram até a cama, os sons das vozes deles estavam embaralhados, sem sentido. Ouvia as palavras mas não entendia o significado. Eles o acomodaram na cama, podia jurar que sentiu um deles colocando a mão sobre o seu ombro de maneira fraternal. Então, sentiu como se estivesse revivendo a sua infância, as noites em que a mãe, quando estava sóbria, lhe contava estórias.
Em seguida, flashes. Ainda estava deitado, mas sendo empurrado na maca através do corredor. As luzes eram fortes e tudo era branco. Vozes vinham de todos os lados, barulhos de máquinas, bips, mas nenhuma palavra era dirigida a ele.
Agulhas eram injetadas em suas veias, sentia vontade de vomitar, mas os músculos comprimiam sua garganta. Mais uma injeção e veio a escuridão. A anestesia paralisou todos os sentidos, mas por pouco tempo. Quando estava no meio da operação, abriu os olhos. Pelo reflexo no metal dos aparelhos, viu uma abertura no seu crânio, viu parte da massa encefálica.
‘O paciente acordou!’ Disse a enfermeira.
‘Aplique mais anestesia! Falei para manter controle dos...’
Tentou falar, mover-se, mas se sentia em um sonho. A anestesia voltou a fazer efeito, mas apenas parcialmente. Enquanto tinha os olhos fechados, ouvia o som metálico dos instrumentos da operação raspando contra o seu crânio, a respiração dos médicos, o próprio coração batendo devagar. Queria chorar, implorar que parassem, fazer os sons sumirem, mas estava preso em seu próprio corpo. Era como ser enterrado vivo. A única diferença era que não podia nem mesmo gritar.
Depois da agonia, veio a luz. Paz! Esta era a única palavra capaz de explicar o que sentia. Tudo parecia perfeito. Aquele foi o momento em que sua vida mudou por completo. Natanael morreu, Messias nasceu. Um novo ser no mesmo corpo.
Desenvolvo mais esta estória no meu livro Conexões. O fascínio pela possibilidade de entrar nas mentes mais estranhas só aumenta.
Hoje os céus têm limites, as chuvas podem ser previstas, mistérios são desmanchados, a natureza dominada, mas a nossa mente permanece, desde o começo do ser humano, com o inabalável poder de ir sempre além. A literatura, que é uma expressão tão intimista, que nega o contato direto com o público, nos permite explorar os nossos limites pessoais sabendo que ainda estamos longe das suas fronteiras ao entrarmos no íntimo de seres imaginários que poderiam ser reais. Os limites da literatura, na verdade, são os limites do autor e do leitor, da nossa pobreza, da miséria do mundo.
Pessoas movidas por intensa religiosidade sempre me fascinaram, em especial aqueles desconhecidos que ao invés de serem chamados profetas são apenas loucos. Fiquei imaginando como seria entrar na mente de uma delas. Comecei aos poucos. Esse messias que se formava em minha cabeça havia sofrido um trauma; uma operação no cérebro contra sua vontade (lobotomia, implante de eletrodos, operação contra epilepsia... isso deixei para o leitor imaginar):
Natanael ainda se lembrava da operação. A luz forte contra os seus olhos, a agulha da anestesia atravessando a pele, a sonolência, agonia, e, sobretudo, incompreensão.
Não sabia por que estava lá, por que foi tirado da clínica de tratamento, quem eram aquelas pessoas e o que faziam. A última lembrança antes da operação foi de entrar na clínica. Colocaram-no em um quarto, estava cansado, queria dormir apesar de ser dia. Ao lado da cama, dois médicos o esperavam. Deveria ter achado estranho, mas não, provavelmente tinha sido drogado, só queria dormir. Os médicos o levaram até a cama, os sons das vozes deles estavam embaralhados, sem sentido. Ouvia as palavras mas não entendia o significado. Eles o acomodaram na cama, podia jurar que sentiu um deles colocando a mão sobre o seu ombro de maneira fraternal. Então, sentiu como se estivesse revivendo a sua infância, as noites em que a mãe, quando estava sóbria, lhe contava estórias.
Em seguida, flashes. Ainda estava deitado, mas sendo empurrado na maca através do corredor. As luzes eram fortes e tudo era branco. Vozes vinham de todos os lados, barulhos de máquinas, bips, mas nenhuma palavra era dirigida a ele.
Agulhas eram injetadas em suas veias, sentia vontade de vomitar, mas os músculos comprimiam sua garganta. Mais uma injeção e veio a escuridão. A anestesia paralisou todos os sentidos, mas por pouco tempo. Quando estava no meio da operação, abriu os olhos. Pelo reflexo no metal dos aparelhos, viu uma abertura no seu crânio, viu parte da massa encefálica.
‘O paciente acordou!’ Disse a enfermeira.
‘Aplique mais anestesia! Falei para manter controle dos...’
Tentou falar, mover-se, mas se sentia em um sonho. A anestesia voltou a fazer efeito, mas apenas parcialmente. Enquanto tinha os olhos fechados, ouvia o som metálico dos instrumentos da operação raspando contra o seu crânio, a respiração dos médicos, o próprio coração batendo devagar. Queria chorar, implorar que parassem, fazer os sons sumirem, mas estava preso em seu próprio corpo. Era como ser enterrado vivo. A única diferença era que não podia nem mesmo gritar.
Depois da agonia, veio a luz. Paz! Esta era a única palavra capaz de explicar o que sentia. Tudo parecia perfeito. Aquele foi o momento em que sua vida mudou por completo. Natanael morreu, Messias nasceu. Um novo ser no mesmo corpo.
Desenvolvo mais esta estória no meu livro Conexões. O fascínio pela possibilidade de entrar nas mentes mais estranhas só aumenta.
publique o seu livro – dica do dia:
Se você realmente quer terminar o seu livro, estabeleça um cronograma. Esperar pelo momento ideal, por inspiração, pelas conjunções perfeitas, raramente dá certo. Às vezes é preciso disciplina, o que não quer dizer que sua criatividade será ‘podada’. Pelo contrário, ter um objetivo definido, saber que você precisa escrever um pouco todos os dias, vai estimular a sua produção.
Se você conseguir escrever 500 palavras por dia (este pequeno texto tem agora quase 100) terá um livro pronto em 2, 3 meses. Se achar que 500 palavras é muito no começo, tente um pouco menos, mas estabeleça uma data aproximada para terminar o seu livro.
Se você conseguir escrever 500 palavras por dia (este pequeno texto tem agora quase 100) terá um livro pronto em 2, 3 meses. Se achar que 500 palavras é muito no começo, tente um pouco menos, mas estabeleça uma data aproximada para terminar o seu livro.
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
escreva o seu livro - dica do dia: começando
A grande maioria das pessoas já pensou, em algum momento da vida, em escrever um livro. E isso não é nada supreendente, afinal, a escrita é a forma de comunicação por excelência, através delas ideias foram propagadas, filosofias criadas e histórias imortalizados. Nem mesmo os incríveis avanços da tecnologia conseguem deixar de lado a escrita. Só para refletir, alguns dos sites e ferramentas mais populares da internet (como Orkut, Facebook, MSN e E-mail) se baseiam primariamente na troca de informações através da escrita! E qual a razão do ser humano depender tanto da escrita? Mais do que dependência para transmitir a cultura e a arte, existe uma paixão pela escrita. Seja através de poemas refinados ou textos cômicos, a escrita é uma atividade que estimula a mente, desenvolve a criatividade, proporciona prazer, além de ser uma ótima terapia nesse agitado mundo moderno .
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