quarta-feira, 29 de junho de 2011

Ocultismo e Ciência Moderna

Adrian estava acordado, debruçado em um dos mais intrigantes livros do mundo ocidental; o Grimorium Verum. A verdadeira origem do livro é discutida ainda hoje. Acredita-se que foi escrito em algum ponto do século 13 por um certo Alibek, o egípcio, e publicado no Cairo. O Grimorium Verum é tido como um dos livros mais atrozes do gênero, em especial devido ao ritual de necromancia descrito em detalhes. E era justamente isso o que mais atraia Adrian. Ele tinha grande interesse nas ciências antigas, na forma como os conhecimentos mais diversos, como os da Goetia, da magia, dos sutras hindus ou das revelações dos sufs, poderiam se relacionar com a ciência moderna. Alguns pensadores mais extremados chegam a afirmar que a ciência moderna nada mais é do que a redescoberta de tudo aquilo que já está escrito em tratados místicos. Os seguidores dessa linha de pensamento têm fortes evidências. Nos Vedas, por exemplo, milênios antes de filósofos europeus calcularem erroneamente a idade da Terra com base em mitos bíblicos, já se dizia que o universo era composto de inumeráveis planetas e tinha bilhões de anos. O Princípio da Vibração, contido no Caibalion, um texto que remonta ao Antigo Egito, postulou algo que só viria a ser afirmado pela física quântica; a inata vibração de tudo que existe. Descobertas feitas a partir da relatividade foram antevistas em escrituras zen, e milhares são as outras evidencias que surgem a cada dia.

Mais em Conexões, www.conexoes-lance.blogspot.com


terça-feira, 28 de junho de 2011

O Poder da Ficção

A literatura permite viver outro corpo, outra mente, sentir lugares extintos, tocar objetos irreais, ter relações que nunca tivemos. Nos permite mergulhar na mente de um fanático, nos bocejos de um promotor corrupto ou destroçar um cadáver a procura de um fio de ouro que caiu na última refeição do defunto. Podemos pensar como seres inexistentes que falam línguas que deveriam ser bizarras mas que, por mais que nos esforcemos, ainda soam tão humanas.

Hoje os céus têm limites, as chuvas podem ser previstas, mistérios são desmanchados, a natureza dominada, mas a nossa mente permanece, desde o começo do ser humano, com o inabalável poder de ir sempre além. A literatura, que é uma expressão tão intimista, onde o autor prescinde do contato direto com o público, nos permite explorar os nossos limites pessoais. Os limites da literatura, na verdade, são os limites do autor e do leitor, da nossa pobreza, da miséria do mundo.

Fiquei imaginando como seria entrar na mente de uma outra pessoa. Mas uma pessoa comum, que tivesse, como todos nós, alguma lembrança que a marcou. Chamei essa experiência de:

Livro dos Mortos do Antigo Egito

Eu só vi um cadáver em minha vida. Do corpo borrado nas ferragens do acidente na estrada só lembro da blusa de lã azul. Há alguns dias, no entanto, assisti à morte de um amigo. Não foi o seu corpo morto, mas a sua morte. O corpo é o refugo da vida, o óleo que se estagna nas engrenagens enquanto o fluxo desliza sobre elas. Encarar um cadáver é questão de hábito. Para um agente funerário ele é o que uma massa é para o pizzaiolo, uma alface para o agricultor. Se não percebêssemos o cheiro, as marcas, a cor da pele, a respiração, como distinguiríamos o morto daquele que dorme?

Assistir a morte é acompanhar as angústias, medos, dúvidas, inspirações e emoções da certeza do fim. Ninguém estava com ele, só eu. Ignoro porquê, nunca fomos tão íntimos. Dentre todos os familiares e amigos, por que fui a única que continuou ao lado dele? Foi a morte, negando tudo, que criou os nossos laços de amizade, e não a vida com suas banalidades.

Um dia passando apressada pela rua vi aquele livro. Porque o comprei (nunca leio) não sei, mas o coloquei na bolsa e fui ao hospital. Durante o caminho pensei em dar a ele. Chegando no quarto me envergonhei em ter imaginado dar para alguém naquela situação um livro escrito ao longo de 3 ou 4 milênios atrás, que se confunde com esoterismo, auto-ajuda, ocultismo... Minha razão repudiou meu primeiro pensamento em dar o livro a ele, mas uma parte de mim, meio inconsciente, cruelmente o quis ver sofrer. Somos assim, repletos de maldade. Então, logo que cheguei no quarto deixei a minha bolsa cair. Isso nunca acontece comigo. E pior foi ter, quando pegando a bolsa no chão, deixado o livro cair de dentro dela. Sou uma pessoa extremamente cuidadosa. Ter deixado o livro cair no meio do chão foi algo da parte cruel da minha personalidade (“o inconsciente”). Acho que comprei o livro só para ridicularizar o meu amigo. Era uma forma de puni-lo por estar fazendo com que eu perdesse algumas horas da minha semana indo ao hospital. Coisas que a gente pensa mas prefere fingir que não pensamos.

Ele adorava livros. Assim que o viu, esticou a mão em direção a ele. O entreguei sem uma palavra. Ele olhou com curiosidade, logo com perplexidade. Eu me senti envergonhada. Disse “tchau” novamente e sai. No outro dia ele estava morto... não, assim seria uma daquelas novelas sentimentais. Dois dias depois voltei. Ele estava numa situação deplorável. Sentia muita a falta de alguém. Quando me viu, seu rosto se transformou, parecia ter tomado uma dose de insulina ou qualquer coisa assim. Me abraçou chorando de alegria. Depois de 2 dias alguém que se preocupava com ele estava ali novamente. Esqueci o livro. Decidi que iria vê-lo todos os dias, até que um de nós morresse. Era o mínimo que eu deveria a um ser humano como eu.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Cursos Gratuitos!

Neste mês de Julho estou organizando vários mini-cursos gratuitos e dicas sobre como escrever e publicar um livro. Estou fazendo isso para divulgar o livro Conexões, publicado pela editora Planeta.

Você terá a oportunidade de tirar dúvidas, entender os passos mais importantes para escrever e publicar um livro (com ênfase na publicação independente) etc...

Para participar, deixe um comentário aqui e mande um e-mail para conexoesbr@yahoo.com.br e você receberá uma lista com os horários e dias disponíveis. A maioria dos cursos será feito pelo Skype.

Confira também dezenas de matérias sobre o assunto neste blog e nos links do Orkut:


quinta-feira, 23 de junho de 2011

Além dos Limites da Mente Humana

A tecnologia e ciência alcançaram o impossível. A cada dia penetra-se mais intimamente nos invisíveis componentes da matéria. A bomba atômica é conhecida há mais de meio século, a descoberta e domínio do DNA tornam reais as mais estranhas fábulas. Não apenas nos laboratórios se produz essa mágica materialista, no nosso dia a dia absorvemos a tecnologia que, ausente, não nos permitiria mais reconhecer quem somos. E, por mais absurdo que pareça, mal sabemos como essas tecnologias funcionam. Ficamos apenas a imaginar como um fio emite sinais que serão convertidos em imagens, sons ou filmes na tela do computador? Como uma televisão capta ondas invisíveis, transmitidas ao longo de quilômetros, e as transforma em pessoas, barulhos e emoções? Que tipo de poder é esse que nos permite com um aparelho menor do que a palma da mão comunicar, em tempo real, com alguém nas regiões mais longínquas do mundo?

Se prestarmos atenção aos objetos ao nosso redor, do plástico de uma embalagem a um helicóptero cortando o céu, do brilho hipnotizante da TV aos Cd’s vendidos nas ruas por R$ 2,00, nos espantaremos como a tecnologia criou tanto, em tão pouco tempo, nos deixando ignorantes sobre como tudo isso funciona. Mas ainda assim, apesar da nossa ignorância, nos adaptamos a todas as novas criações, usamos celulares, Internet, e-mail, dvd’s, mp3 e toda espécie de inovação que adentra no nosso cotidiano. No entanto, quando temos que enfrentar o sofrimento, apelamos não somente para as novas drogas da industria farmacêutica, pelos métodos mais avançados da psicoterapia, mas antes de mais nada nos agarramos em crenças criadas a 1.500, 2 mil, ou 3 mil anos atrás.

Quando o desespero e a morte, a dor e a incompreensão nos afligem, são para idéias religiosas formadas milênios atrás que nos voltamos. Procuramos respostas em escrituras empoeiradas e esquecemos o ruidoso mundo da tecnologia. Não nos importa que aqueles que criaram essas ideias, as recitaram ou escreveram, viviam em desertos em tudo diferente da nossa vida cotidiana, que os limites do universo deles era o limite de suas vilas, que pensavam que sob as nuvens criaturas mágicas habitavam e viam demônios sempre à espreita. Nada disso importa, pois quando se torna necessário abandonamos os confortos da tecnologia e procuramos uma razão para o nosso sofrimento em qualquer afirmação que nos diga que, em algum lugar, em um momento qualquer do futuro, tudo terá sentido, o que foi errado será concertado e a alegria cobrirá as dores.

Isso, antes de mais nada, mostra quão pouco nossa civilização orientada na dominação do meio natural e social, onde a tecnologia penetra todos nossos poros, ainda é nula quando solicitada para nos dar um entendimento melhor de quem somos, do que é a nossa mente e de como podemos conviver melhor com as disposições mentais que enfrentamos ao longo da vida.

Agora, imagine se a tecnologia que dispomos fosse usada para explorar ao máximo os limites da mente humana? E se eletrodos fossem implantados no cérebro para aliviar dores, apagar traumas, acabar com a depressão ou violência? Por mais estranha que essa possibilidade possa parecer, ela é real! Há pelo menos 50 anos cientistas tem usados eletrodos para alterar reações cerebrais em projeto pouco divulgados, com resultados assustadores. E esse é o principal ponto que exploro no meu livro Conexões, que mistura informações acuradas em uma narrativa de ação, mistério e, sobretudo, explora os limites da mente humana!



CONEXÕES

Ouse ir além...

Mergulhe no que há de mais incrível sobre a mente humana!

Descubra como a mente humana tem sido explorada pela ciência moderna. Acompanhe o drama de pacientes vítimas de cientistas sem escrúpulos, vivencie as mudanças que a tecnologia pode realizar no cérebro humano, descubra o lado sombrio de cada um de nós...

Inspirado em fatos reais, CONEXÕES é um daqueles livros de ficção que você não consegue parar de ler. Cada página traz uma eletrizante surpresa... é emoção do começo ao fim.